Em 2011 ganhei uma bolsa de estudos para um workshop no Paraty em Foco. Na época, mal sabia o que era memória e começava a tatear a pesquisa de SOB Memoração, do qual fui responsável pela pesquisa iconográfica e exposição sobre a Sociedade Operária Beneficente 13 de maio, em Curitiba, pesquisa esta que acabou sento meu TCC em 2012 (em breve o disponibilizo aqui).
Pois bem, o que aconteceu nesse workshop? Conheci o Michel Rios, meu parceiro de curta em Workshop da Galeria Experiência, que posteriormente acabou dirigindo a fotografia de um dos curtas que mais indico a educadores: Exú – Além do bem e do mal. O curta tem o objetivo de desmistificar a figura do Orixá presente nas religiões de matriz africana por meio dos depoimentos de vários lideres religiosos, antropólogos e artistas e, com isso, acaba construindo uma nova imagem desta entidade mensageira.

Vale lembrar que Exu não é demônio. O diabo é uma criação do cristianismo. E, sim, esse imaginário brasileiro e cristão das religiões de matriz africana está pautado no racismo. Ouso dizer, inclusive, que o sincretismo reforça este estigma.

 

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