Em uma fala emocionada no TED Amazônia de 2010 (link abaixo), Alexandre Serqueira afirma que utiliza a fotografia como ferramenta para interação com o mundo, para significar os encontros com as pessoas. Daí se autodenomina um andarilho, pois fotografa num ato solitário e solidário.

Na série Nazaré do Mocajuba, de 2005, o artista nos encanta com seu processo de produção e significação. Ele inicia seu projeto como retratista de uma comunidade caiçara no Pará e, aos poucos, seu trabalho se transforma grandiosamente, pois se constrói por meio das relações. Ao entrar nas casas das pessoas fotografadas, Serqueira estabelece um novo tipo de vínculo. Ele leva consigo lençois, cortinas, e demais tecidos das residências e em troca presenteia com novas peças para decoração dessas casas.

Em um ato afetivo, mede o tamanho das pessoas que fotografa usando de abraços e, então, amplia os retratos daquelas pessoas em seus respectivos tecidos em tamanho real.

O seu compromisso com a comunidade se reafirma quando volta com as obras para o lugar de origem, as expondo em galerias somente depois desse reencontro. Serqueira usa seu trabalho também como uma ferramenta de transformação social, uma vez que parte do dinheiro recebido pelas obras retorna para melhorias em Nazaré de Mocajuba.

Benedita

Branca

Alvaro

Alice

Adriane

Francisca

Carmelino

 

2 thoughts on “Alexandre Serqueira: fotografia como transformação social

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