Não sei se esse meu encantamento por egun vem do respeito que meu pai Alexandre Alaibô tem pelo culto, ou pela admiração que tenho pelo trabalho de Leonce.
Agbodjelou herdou de seu pai o gosto pela fotografia e já levou para casa vários prêmios pelo incrível trabalho que tem realizado. Ele surpreende cada vez que nos apresenta um trabalho novo. Neste post, irei me ater apenas ao registro do culto a Egungun em Benin – culto de matriz africana, pouco realizado no Brasil, onde os antepassados importantes de uma determinada casa, retornam a terra através de um rito.
No contexto atual de Benin, onde igrejas Neopetencostais demonizam as tradições locais, o registro de Leonce – por vezes frontal, de repetição e com narrativa contemporânea – fortalece os laços entre a comunidade e desmitifica o culto para aqueles que ainda não o conhecem.
Para a “fidelidade” no registro, Leonce utiliza apenas câmeras de médio formato, e luz natural, o resultado: imagens incríveis e com definição ímpar.