Poderia aqui ganhar um dia inteiro só pesquisando as obras de Paulo Nazareth, porém, como a vida é dura e a correria é grande, vou me ater apenas a uma obra – e aqui confundo obra, performance e vida (não necessariamente nesta mesma ordem). Fato é que este trabalho de um ano de andanças dele entre Brasil e EUA me fez conhecer e me encantar por “Notícias da América”.
Quando cito andanças de um ano entre Brasil e EUA não me refiro poeticamente, e sim literalmente. Nazareth viajou a passos lentos e calçados apenas por um par de sandálias. Neste período, de modo a levar a poeira da américa latina até os Estados Unidos, Paulo não limpou os pés até o fim de sua trajetória, quando os lavou no rio Hudson.
Nesses caminhos, o artista desenvolveu um trabalho paralelo, em que se fotografou segurando cartazes nos quais oferecia serviços (aqui cabe lembrar a trajetória do artista que teve muitos ofícios: vendedor, jardineiro, guardador de carros, etc.). Esse trabalho se finalizou em uma performance/instalação na qual Paulo vende bananas em uma Kombi, dentro do Miami Basel, de modo a questionar o mercado de arte.
Vai me dizer que esse moço não é um gênio?
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