Colorismo, está ai um tema que muita gente nunca ouviu falar. Eu, inclusive, só fui ter contato há uns dois anos. Pois bem, do que se trata o dito cujo?
Muitas questões cercam o tema, por isso, neste post vamos falar superficialmente sobre ele. Caso alguém queira, temos aqui duas dicas de vídeos incríveis de Youtuber’s negras empoderadíssimas para quem se interessar e quiser entender um pouco mais a história da miscigenação/colorismo: Luana Pape e Náthaly Neri.
Colorismo é um termo usado para discutir níveis de racismo: quanto mais pele retinta (escura) ou traços africanos um indivíduo tiver, mais racismo ele vai sofrer. O conceito é utilizado em países que sofreram colonização europeia. Logo, negros que possuem pele mais clara, ou cabelos menos crespos conseguem transitar em espaços “destinados a brancos”, porém, isso não anula as possibilidades de sofrerem discriminação racial.
Acerca disso, gostaria ainda de ressaltar que, segundo o CENSO IBGE, preto (negro) e pardo se enquadram na categoria de pessoas negras, ou seja, o conceito de miscigenação nos embranquece, é como se negro fosse algo ruim. Se você ainda se declara pardo ou mestiço, vale a pena refletir sobre isso.
Pois bem, escrevi tudo isso somente para apresentar a vocês o trabalho de Angélica Dass, uma fotógrafa negra brasileira, preocupada com as questões que surgem quando vemos as diversas cores que podemos ter. Em um mapeamento mundial, ela vem fotografando pessoas e criando um pantone de tonalidades da pele para questionar os 4 tipos de cores apresentados para categorizar as pessoas: branco, preto, vermelho e amarelo. A fotógrafa já capturou mais de 3.000 retratos, em 13 países e assume que Humanae ainda está inacabado.