Taí um filme que sofri muito por antecipação para ver. Não apenas por ser entendedora com PHD em procrastinação, mas por saber que iria doer.
Soube da existência da história de Sarah Baartman quando escrevi o projeto Desapropriam-me de mim eembro de ter ficado em choque com tamanho horror em forma de espetáculo. Baratman era conhecida popularmente como a Vênus Negra. O filme conta a trajetória da mulher, negra, que foi levada à Europa, encantada com a possível ascensão social. No entanto, lá foi exposta às cortes, onde, em apresentações “teatrais”, cumpria o papel de um animal, por vezes tendo seu corpo violentado de forma psíquica, física e sexual. A negra, tida como “livre”, foi vendida como objeto de estudo pois possuía pernas, seios e ancas fartas, o que intrigava o povo europeu. Após a morte precoce de Sarah, seu corpo foi cortado em partes e exposto no Museu Nacional de História Natural, até que, em 2002, Nelson Mandela conseguiu autorização para que seus restos mortais tivessem o seu devido fim e retornassem a seu estado de origem.

O documentário está disponível integralmente no Youtube, mas aconselho, a quem tiver tempo e paciência para as 2:30h de filme, que o vejam com os olhos críticos de quem sabe que essa história não está sendo contada por ela.

 

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