Conheci Miguel Rio Branco no início da faculdade de fotografia, quando tive a oportunidade de ir para o Paraty em Foco. Neste evento, ele fez uma fala incrível sobre seu processo criativo e apresentou imagens de um curta: Pelourinho, de 1979.
O filme se passa no Pelourinho Baiano, mais especificamente nos locais de prostituição e violência, situação muito presente ali na década de 70.
Durante a fala de Miguel Rio Branco, o que mais me intrigou foi a relação que ele fez das cicatrizes daqueles corpos versus a cura feita no roncó. Na época, começava a namorar o Candomblé, hoje consigo entender perfeitamente sua fala.
O curta tem duração de 19 minutos e conta com uma fotografia fantástica que consegue nos transportar até o local. Além disso, as cores, os corpos negros, os exus e as pomba giras, as marcas, as curas, as texturas e a atmosfera que Rio Branco coloca em cena, tudo fica extraordinário.
Link do Filme: http://www.miguelriobranco.com.br/portu/cine.asp