Conheci o trabalho da mexicana Flor Garduño nas saudosas aulas de fotografia documental de Milla Jung.

Lembro que o que mais me encantou foi a luz. Na época, estudava o trabalho do Mario Cravo Neto (que logo estará por aqui também). Ambos carregam um conceito de iluminação muito semelhante, porém, a fotógrafa mexicana nos encanta pela simplicidade da luz natural e pelo universo feminino.

Garduño busca, através das imagens, o autoconhecimento. Sem pretensões de construções de narrativas que tenham uma direção precisa, ela compõe lindas imagens e naturaliza o corpo feminino, a maternidade e o campo do íntimo feminino. Quando questionada sobre o conceito de seu trabalho, Garduño sugere que o significado de cada imagem está no expectador: é ele quem deverá encontrar seus significantes. A artista afirma, ainda, que o erotismo encontrado em suas imagens é trazido, em sua maioria, por pessoas do sexo masculino. Para ela, trata-se de um trabalho autobiográfico, onde seus sonhos e suas fantasias são reproduzidos nas imagens que registra.

Abaixo um vídeo onde a própria Flor Garduño fala sobre seu processo criativo: